TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A NBR 5419:2015 - PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Quase todo mundo já ouviu dizer que o Brasil é um dos países com maior incidência de raios no mundo. Devido à sua vasta extensão territorial, à presença de grandes áreas de floresta tropical e à sua localização geográfica, o Brasil está sujeito a frequentes tempestades elétricas e, consequentemente, a uma alta incidência de descargas atmosféricas.

A região centro-oeste, por exemplo, é conhecida como a "Capital Mundial dos Raios", com uma média de mais de 13 milhões de raios por ano. Além disso, outras regiões do país, como o sudeste e o sul, também registram altos índices de incidência de raios, especialmente durante os meses de verão.

Essa alta incidência de raios traz consigo diversos desafios e riscos, como danos materiais, interrupções nas redes de energia e telecomunicações, incêndios florestais e, mais importante ainda, riscos para a segurança das pessoas. Por isso, a implementação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), conforme especificado pela norma NBR 5419:2015 é fundamental para reduzir os danos e garantir a segurança das edificações, estruturas e pessoas.

A Norma Brasileira NBR 5419:2015 é uma referência e estabelece critérios e diretrizes para o projeto, instalação, manutenção e inspeção de sistemas de proteção contra raios e fornece orientações técnicas para a implementação de sistemas de proteção que possam dissipar a energia das descargas de forma segura e eficaz.

PRINCIPAIS ASPECTOS:

  1. Classificação de Estruturas: A norma classifica as estruturas em quatro categorias de proteção (I, II, III e IV) com base em critérios como o tipo de atividade desenvolvida, a natureza dos materiais utilizados na construção e a importância da continuidade do serviço prestado no local.
  2. Sistema de Proteção: Estabelece os requisitos mínimos para o projeto e instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, incluindo a utilização de para-raios, condutores de descida, dispositivos de captação, malhas de terra e equipotencialização.
  3. Inspeção e Manutenção: Define procedimentos para inspeção e manutenção periódica dos sistemas de proteção, garantindo sua eficácia ao longo do tempo e a segurança contínua das edificações.
  4. Proteção de Equipamentos Sensíveis: Orienta sobre a proteção de equipamentos eletrônicos e sensíveis contra os efeitos indiretos das descargas atmosféricas, através do uso de dispositivos de proteção contra surtos (DPS) e a adequação de sistemas de aterramento.
  5. Documentação e Responsabilidades: Estabelece a importância da documentação técnica dos sistemas de proteção, incluindo projetos, relatórios de inspeção e registros de manutenção, bem como as responsabilidades dos proprietários, projetistas e instaladores na implementação e operação dos sistemas.

 

APLICABILIDADE PARA EMPRESAS E INDÚSTRIAS:

A conformidade com a NBR 5419:2015 é fundamental para garantir a segurança das instalações. O investimento em um sistema de proteção contra descargas atmosféricas adequado pode prevenir prejuízos significativos causados por danos materiais, interrupções nas operações e, o mais importante, evitar acidentes e preservar vidas.

A NBR 5419:2015 deve ser de conhecimento de envolvidos no projeto, construção e manutenção de edificações e estruturas.

CUIDADOS ANTES DA CONSTRUÇÃO

Planejar a implementação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) antes da construção de uma edificação é, com certeza, a melhor forma de garantir a eficácia e a integração adequada do sistema com a estrutura do prédio. Aqui estão algumas etapas importantes a considerar durante o planejamento:

  1. Conheça a Norma NBR 5419:2015: Antes de tudo, é essencial entender os requisitos e diretrizes estabelecidos pela norma brasileira NBR 5419:2015. Familiarize-se com as classificações de risco, os critérios de projeto, as especificações dos componentes do SPDA e os procedimentos de inspeção e manutenção.
  2. Realize uma Avaliação de Risco: Avalie os riscos associados às descargas atmosféricas na região onde a edificação será construída. Considere a frequência e a intensidade das tempestades elétricas, a topografia do local e a presença de estruturas altas próximas que possam aumentar o risco de impacto direto de raios.
  3. Classifique a Edificação: Com base na avaliação de risco, classifique a edificação de acordo com os critérios estabelecidos na NBR 5419:2015. Determine se a estrutura é de Categoria I, II, III ou IV, levando em consideração fatores como o uso da edificação, sua importância estratégica e a sensibilidade dos equipamentos e pessoas dentro dela.
  4. Projete o Sistema de Proteção: Engaje um profissional qualificado, como um engenheiro eletricista especializado em SPDA, para projetar o sistema de proteção contra descargas atmosféricas de acordo com as especificações da norma. O projeto deve incluir a localização e a altura dos captadores, o dimensionamento dos condutores de descida, a instalação de malhas de terra e a proteção de equipamentos sensíveis.
  5. Integre o Projeto à Construção: Durante a fase de projeto arquitetônico e estrutural, integre as especificações do SPDA ao projeto da edificação. Certifique-se de que os locais para instalação dos captadores e condutores de descida sejam considerados desde o início e que a estrutura do prédio seja adequadamente preparada para receber o sistema de proteção.
  6. Documente o Projeto: Mantenha registros detalhados do projeto do SPDA, incluindo desenhos, cálculos, especificações dos materiais e relatórios de cálculo de risco. Essa documentação será essencial para garantir a conformidade com a norma e para futuras inspeções e manutenções do sistema.
  7. Realize Inspeções e Testes: Antes da conclusão da construção, realize inspeções e testes preliminares no sistema de proteção para garantir sua integridade e funcionamento adequado. Verifique a continuidade dos condutores, a eficácia dos aterramentos e a correta instalação dos dispositivos de proteção.
  8. Determine um plano de manutenção periódica: Defina o plano de manutenção para inspecionar e ensaiar o sistema conforme os critérios da norma e das particularidades da aplicação.

 

COMO ADEQUAR EDIFICAÇÕES JÁ EXISTENTES

Se a edificação já existe e precisa ser adequada à Norma NBR 5419:2015, o processo envolve algumas etapas específicas para garantir a conformidade do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).  Para conhecimento geral, aqui estão algumas diretrizes a serem consideradas, mas terceirizar esse serviço costuma ter melhor custo/benefício, por garantir a qualidade do serviço com pessoal altamente qualificado.

  1. Realize uma Avaliação Atualizada de Risco: Inicie o processo realizando uma avaliação atualizada de risco para identificar os pontos fracos existentes no sistema de proteção contra descargas atmosféricas atual e para determinar as áreas que necessitam de melhorias. Considere fatores como a idade da estrutura, mudanças na paisagem circundante e a sensibilidade dos equipamentos e pessoas dentro da edificação.
  2. Inspeção do Sistema Existente: Realize uma inspeção detalhada do sistema de proteção contra descargas atmosféricas existente, incluindo os captadores, condutores de descida, aterramentos e dispositivos de proteção contra surtos. Verifique, através de ensaios de campo, a integridade dos componentes, sua conformidade com as especificações da norma e sua capacidade de dissipar a energia das descargas de forma segura. Normalmente, essa inspeção e respectivo laudo é feita por serviços subcontratados.
  3. Projete as Atualizações Necessárias: Com base na avaliação de risco e na inspeção do sistema existente, projete as atualizações necessárias para adequar o SPDA à NBR 5419:2015. Isso pode incluir a instalação de novos captadores em locais estratégicos, a substituição de condutores danificados, a melhoria dos sistemas de aterramento e a instalação de dispositivos de proteção contra surtos.
  4. Integre as Atualizações à Edificação: Durante a implementação das atualizações no sistema de proteção contra descargas atmosféricas, certifique-se de integrar as mudanças à estrutura existente da edificação. Isso pode envolver a instalação de novos componentes, a passagem de condutores de descida através da estrutura e a garantia de uma conexão adequada com o sistema de aterramento.
  5. Documente as Atualizações Realizadas: Mantenha registros detalhados de todas as atualizações realizadas no sistema de proteção contra descargas atmosféricas, incluindo desenhos atualizados, especificações dos materiais utilizados e relatórios de inspeção pós-atualização. Essa documentação será importante para demonstrar a conformidade com a norma e para futuras inspeções e manutenções do sistema.
  6. Realize Testes e Inspeções Finais: Após a conclusão das atualizações, realize testes e inspeções finais no sistema de proteção contra descargas atmosféricas para garantir sua eficácia e conformidade com as especificações da norma. Verifique a continuidade dos condutores, a resistência dos aterramentos e a operação adequada dos dispositivos de proteção contra surtos.

 

  1. Mantenha o controle sobre a rotina de manutenção: O ideal seguir as premissas de uma rotina de inspeção de manutenção para a conservação do sistema. Essa manutenção periódica pode ser terceirizada para empresas especialistas em SPDA, como a Máxima, que além de emitir o laudo, irá indicar ou atuar nas correções necessárias para garantir a conformidade ao longo do tempo.

 

Essa rotina de inspeção e manutenção assegura a conformidade com as normas e proporciona tranquilidade aos ocupantes da edificação. Para essa tarefa especializada, contar com serviços terceirizados, como os oferecidos pela Máxima Serviços Industriais, é uma escolha estratégica. Com pessoal altamente treinado em serviços em altura, que utiliza equipamentos adequados e possui larga expertise na escolha do melhor equipamento e dispositivos, além da preparação de toda a documentação técnica e legal necessária, a Máxima oferece soluções confiáveis e eficientes para garantir a segurança e a proteção das edificações da sua empresa.

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Renato Buttini

Diretor da Máxima Serviços Industriais

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